16.2.10




R.I.P
BBB10

15.2.10

O mais engraçado é que isso QUEIMA a Elenita. Baby. Cadu não existe no meu mundo também. Fique em paz. Te amamos.

Ouço muito a palavra a arrogância. Quando falam da Elenita. Mas, né? Vocês são Cadus. Desculpa. Somos melhores. Vocês, com infinita dor de cotovelo, podem continuar a fazer o que já fazem. Votem pra ela sair. Detalhe. Ela continua doutora. Vocês continuam esses idiotas que nem dão conta de assistir BBB. Morram de inveja etc.

14.2.10

Fica, Lena!

"Porque ninguém entende que ela não precisa. Que ela não faz cena, como toda a pessoa que precisa faz. Ontem ela conversando com a Antamara, essa gritando "o quêêê, você querendo sair? É seu sonho!". E ela, "não é meu sonho". Antamara rebate "não é isso que sua família quer!", Elenita responde "minha família quer me ver bem, dentro ou fora do bbb". Porra, isso resume TANTA coisa." (daqui.)



Nossa Doutora em Coices deu um pequeno show. Pena que eu acho que o público nem dá conta de entender o que ela falou. Aquilo sobre limite, sobre a Lia querer entrar no anjo dela. Eu sou o anjo. Pois é. Tão óbvio isso. Mas o povo nem dá conta. A Fernanda fazendo aquilo. Nem Bial se aguentou. Não que ele se aguente. Consenso meu cu. Etc. Dotôra arrasou. Já é de praxe, inclusive. Angélica é um pé na lama. Eu acredito, hein? Sério. Acredito mesmo.

E eu que nem sou de votar. Tô votando. Veja você. Elenita atrapalhando meu carnaval. Tenho uma festinha às 9 horas. Mas tô aqui. Votando.
Fechou, né? Nóis versus eles.

13.2.10

Ai, excelente o post do Cartas para Bial explicando o medinho do Dourado e da Angélica de pegarem um paredão com Dimmy. É isso. Cagões etc.

Não vou respeitar e quanto mais torcer pra quem joga assim, na aba da Lia. Mas nem mesmo. Angélica tá queimadíssima comigo. Muito mesmo.

Eu adoro o que a Lena faz. Falam tanto que o Boninho é um gênio porque inventa idiotices como Big Phone. Pra mim é tão óbvio que o que interessa é o microcosmo criado pelos participantes e as regras de lá de dentro etc. Tipo isso que meia dúzia de pessoas dizem. Que o monstro não pode ser repetido. Vira lei ali. E a Lena vai e despedaça essa lei. Eu vou gostar sempre disso e o público vai odiar sempre. Porque não é verdade que o público decide. Os participantes acabam resolvendo o que o público vai decidir. E nessa edição os telespectadores estão engolindo tudo. Bem. Engoliram Max na outra. De tanto ele dizer que era o grande jogador, o milhão foi dado pra ele. E as três protagonistas blábláblá. Daí inventaram isso também. Que quem sofre na prova de resistência deve ser poupado de tudo. Quando na verdade é óbvio que the winner takes it all. E the loser standing small. E a empatia que rola entre os dois últimos resistentes não tem por que ser estentida*. Então eu adoro essa stopada que a Elenita deu. Mas aí ela não soube bancar, né? E então não pode. Eu fico demais de chateada porque gosto demais do perfil dela. Acredito imensamente que participantes intelectualizados podem ser os verdadeiros revigorantes do formato. Se você pensa em todos com esse perfil que entraram. Nossa. Fizeram mesmo diferença. E só Jean Willys conseguiu. E de forma maravilhosa. Segurou a onda durante todo o programa. O Dr. Marcelo, na minha opinião, se perdeu completamente e praticamente pediu pra sair. A Tess nem chegou a jogar. E agora a Elenita dando pinta de que não vai aguentar. É complicado demais porque os outros são muito fracos. Se você tem Lia e Dourado como intelectuais do programa, complica. Mas tudo indica que ela não escapa do paredão. E do público a gente não espera nada. Se a Fernanda virar mocinha então. Ai, que dose vai ser. Mas enfim. Me acostumei mal, ano passado minha candidata foi longe. Esse ano não vai rolar. Consigo torcer muito pra Morango não.

Ranking do milhão:

1) Elenita
2) Michel

*Ou extendida. Não sei escrever essa palavra.

Mais genial ainda fica o lance. Se a gente pensar no comportamento da Maroca. Ela jogou super bem por conta das regras internas. Fernanda é a donzela e está salva, pensou. Donzela é o caralho, Elenita respondeu. A conferir, mas depois desse massacre nossa doutora deve acabar salvando a moça. Se salva o Dourado, dando o fuck you definitivo pra Fernanda, sai na terça. Mas entra com tudo na minha galeria de heroínas. Sente-se ali, Elenita, ao lado da Leka.

12.2.10

Podemos ter um paredão dos sonhos. Eliézer indicando Morango. Puxadinho votando na Lia. Casa grande mandando Elenita. E a Lia nunca nem imaginou que rodaria de maneira tão contundente. De quebra a Morango se liga. Nossa Doutora vem forte e vem com tudo. E temos o Cadu de bucha pra próximos paredões. O que pode acontecer é o Dicésar ser emparedado no lugar da nossa Doutora. Aí complica, né?

11.2.10



\o/




56%. Achei pouco, hein? Pro tamanho do mala que é o André.

10.2.10

Stonewall




A questão do Dourado não é quem ele é. Isso é um problema dele e a gente sente que o cara tenta ser reflexivo e se arrepende da arrogância etc. A questão, pra mim, foi a rápida identificação de uma parcela do público com ele. Sem que ele tenha feito nada pra merecer, na primeira semana de programa todo mundo já estava torcendo pelo cara. Como o script da Globo nesse caso foi óbvio, a gente imagina o porquê da identificação. Ele entrou na casa por conta do comportamento homofóbico apresentado no BBB4. E a produção deve ter achado que seria interessante tê-lo como ingrediente e tal. O caso é que o público rapidamente o colocou como porta-voz. Como se tanta gayzice precisasse mesmo de um combatente etc. A reação foi histérica. Um tanto ridícula. No forinho, um amigo disse que as mulheres estavam úmidas e que devia ser isso. Eu pensei que vivemos na sociedade do espetáculo e que as subcelebridades tem um status enorme e mobilizam uma parcela significativa da população. Teoria da cauda longa aplicada, vemos ex-bbbs que ainda possuem fã-clube, comediantes de 5a categoria nos trending topics e atriz pornô convertida com vídeo hypado no youtube. Estou dizendo isso porque dei esse desconto. Tentei. Mas não dá. Tem coisas que vão além. A discussão sobre homofobia, então, ganhou o contorno mais preconceituoso do mundo. Quando dizem que deveria existir uma camiseta 100% branco. Mesma lógica. Começaram a dizer que o Dourado era vítima de heterofobia. Olha. Essa palavra é tão cruel que eu queria passar o programa todo sem tocar nela. É preciso que alguém seja um autêntico canalha para usá-la. É preciso que a pessoa nunca tenha lido uma droga de um livro de sociologia ou filosofia. É preciso que o significado do conceito de relativização seja completamente ignorado. Não existe heterofobia porque nós vivemos num mundo heterocentrado. Todos os valores e fundamentos tentam reforçar, pra todos nós, a sacralidade do casal heterossexual. Não existe vida fora da heterossexualidade. Um hetero não corre o risco de perder o emprego por conta de orientação. Um hetero não tem que esconder desejos, sentimentos e relacionamentos. Não existe um ambiente hostil para a heterossexualidade. Não existe a zombaria e os olhares. As piadas e insinuações. Quando uma colega sua é zoada na base do será que ela é? a resposta vem rápida "tá me estranhando", "deus me livre", "credo". Quantos "credo" um gay escuta por dia em referência à orientação sexual? "Que desperdício fulana ser lésbica". Quando eu vi que a Globo ia colocar a questão no BBB, sabia que ia dar merda. A emissora não sabe lidar com a questão e o programa é francamente emocional. Dourado perdeu voto hoje? De jeito nenhum. Ganhou voto hoje. Ele falou o que tá entalado na garganta de todo mundo: nós não temos moral. Imagina uma drag dar em cima de um macho? Falta de moral. Isso, my friend, é ambiente hostil. E nós não somos apenas gays. Nós estamos dentro de um movimento. Fazemos parte de uma luta. Uma das etapas fundamentais da nossa luta foi a construção da nossa subcultura. Não há lugar pra gente no mundo. Fomos construindo um lugar. Vida fora da heterossexualidade. E não construímos um gueto. Montamos um imaginário poderoso que é um pilar na desconstrução do preconceito. A rua Augusta está aí. Lady Gaga está aí. As performances do Serginho estão aí. Toda a arte homoerótica está aí. As drags queens estão aí pedindo passagem. Oscar Wilde é um símbolo. Shena e The L Word também. The Week e a A Lôca. Tem como ser gay e não dar pinta? Opa. Mas não tem como ser gay e não participar dessa subcultura. O S, do GLS, vem das pessoas heteros que curtem essa subcultura. No programa da TV, o Dourado se mostrou extremamente INCOMODADO com essa subcultura. Com todas as referências. Ele senta, durante as festas, quando toca "música de viado". Homofobia não é apenas atacar gay. É preciso ser um completo tapado pra não perceber as camadas do preconceito e quando ele é sutil. Como o Dourado não bateu no Dicésar, ele não é homofóbico. Faça-me o favor. A negação da nossa subcultura é homofobia. Você não tem espaço no meu mundo e eu odeio o mundo que você construiu. Não tem por onde. Tudo relativo ao mundo GLS incomodou o cara. Mas ele é reflexivo. Não considero um vilão. Acho que vem bem no programa. Ele escuta, pondera etc. O problema, repito, não é ele. É quem torce por ele. Porque a intenção é clara. Baixar a viadagem do programa. E aí não podemos ficar calados. Queria ficar o BBB todo sem tocar nesse assunto. Nunca vou considerar que a cultura de massas dá conta disso. Eu já sabia que do BBB não sairia um mundo mais tolerante. Eu só não esperava que a intolerância fosse vir em forma de avalanche e, pior, covardemente mascarada. Ele pode ganhar 1,5 milhão? Pode. Pode ganhar 15 milhões. Milhares de homofóbicos estão por aí, enchendo o rabo de dinheiro. Não faz diferença para a nossa luta. Não somos maioria nem queremos ser. Vamos continuar fazendo o que sempre fizemos. Fortalecendo a nossa auto-estima através da nossa subcultura. Buscando visibilidade através das nossas paradas. Criando redes de proteção para aqueles que ficam desamparados por conta da discriminação. O que deve ficar claro, eu acho, é que nós já esperávamos. A cada conquista sentimos a reação conservadora. Entrar no BBB tem uma conotação de conquista. Então veio a reação. Mas que venha. Não é o primeiro ataque que sofremos. Não será o último. E nós não temos mais medo. Podem gritar bastante. Podem soltar foguetes. Nós somos gays. Nós estamos aqui. Acostumem-se com isso.

Tô pensando muito no Dicésar, sabe? Em como ele está se sentindo. Depois, na varanda, ele não falou diretamente no assunto. Falou que já passou por tanta coisa em boates e tal. Nossa. Como ele nao merecia isso em rede nacional. Essa reação de asco e nojo. Ser amado por ele se tornar um desvio de caráter. E ele que nem ama. Passar por isso por conta de uma piada. Ser agredido daquela forma. Chorei um monte por conta disso.